sexta-feira, 10 de julho de 2009

Cruel realidade

Bem, já faz um tempo que isso aconteceu, mas não poderia deixar de publicá-lo por aqui.

Certo dia, voltando da faculdade, andando pela Rua Rio de Janeiro, em pleno centro de Belo Horizonte, algo despertou minha atenção e de minha amiga. Um homem em uma cadeira de rodas, visivelmente com problemas físicos e psicológicos, gritava incansavelmente em meio à turbulenta região central a frase “me da uma ajuda gente”.

Com essa situação eu pensei: como será que uma pessoa tão debilitada chega e sai da rua, sendo que não tem condições nem de se movimentar direito? Provavelmente, com a “ajuda” de alguém que está por trás de tudo isso e usufrui das condições da vítima para conseguir dinheiro. Não quero com isso julgar ninguém. Mas várias possibilidades se confundiram em minha cabeça no momento. Como ele poderia estar lá? Repetindo roboticamente, com dificuldades na fala, uma única frase?

Eu fiquei me questionando, como é que alguém pode ser tão cruel a ponto de abandonar um ser humano na rua, um portador de necessidades especiais, que depende da ajuda dos outros e que pode estar passando fome e frio, apenas para desfrutar da situação?!

Infelizmente, essa é uma realidade em que vivemos e, no entanto, nem paramos para pensar. Muitas vezes as crianças também são submetidas a esse tipo de “trabalho” em sinais, despertando pena nas pessoas, que em um gesto de “caridade”, dão dinheiro para as mesmas. Caridade? Será? Esses menores, assim como o pedinte que eu citei acima, podem ter por trás, algum explorador os obrigando.

Será que dando dinheiro para essas pessoas, estamos realmente as ajudando ou contribuindo para piorar ainda mais a situação?


Fica aí a pergunta....

Fernanda Oliveira

Um comentário:

  1. Oi Fernanda,
    começou com o pé direito hein moça!!!
    Pois é, este seu etxto é uma foto 3x4 da realidade da nossa cidade, ou melhor, do nosso país. Quem sabe até do mundo. Usurpar da necessidade de pessoas debilitadas é o mais acontece por ai...afinal, o sofrimento e a tragédia atraem mais os olhares do que um sorriso. É difícil jugar, mas não é tão difícil mudar, basta o governo querer...
    Liane Bruck

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